quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cotações de Café


As operações no mercado cafeeiro iniciaram a semana em campo positivo, compras especulativas e coberturas de posições impulsionaram as cotações, levando a posição julho a fechar com +3,20 pontos. No interno alguns negócios isolados foram concluídos. Indícios de que o Brasil não está totalmente imune à crise externa voltaram a surgir hoje e deram os argumentos para que o dólar subisse ante o real. O dólar terminou o dia em alta de 1,26%, cotado a R$ 1,6880. A conta corrente do balanço de pagamentos brasileiro de março, divulgada hoje, mostrou déficit de US$ 4,429 bilhões, o resultado mais alto para o mês na série histórica do Banco Central, iniciada em 1947. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a "deterioração" na conta corrente reflete a combinação de remessas de lucros bem maiores e uma balança comercial com resultados considerados menos expressivos. Em março, as remessas de lucros e dividendos atingiram o maior nível da série para qualquer mês, somando US$ 4,345 bilhões. Altamir antecipou que esse movimento continuou em abril, com o envio de US$ 3,3 bilhões no mês até o dia de hoje. A remessa maior foi atribuída à crise externa, com os setores financeiro, de veículos e de metalurgia, com rentabilidade expressiva no País, remetendo seus recursos para as matrizes no exterior, que estão enfrentando dificuldades em relação à crise nos EUA. É um sinal de que o País pode estar melhor preparado, mas a tese de isolamento em um mundo globalizado não tem respaldo nos números de hoje. Representantes do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), órgão que reúne governo e iniciativa privada do setor, devem definir amanhã, em Brasília, a formação de grupo de trabalho para discutir as regras de um programa de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) de café da safra 2008/09, cuja colheita já está em andamento em algumas regiões produtoras. A informação é do secretário de Produção e Agronergia, Manoel Bertone, do Ministério da Agricultura. Estima-se que o Ministério da Agricultura tenha à disposição em seu orçamento cerca de R$ 300 milhões para Operações Oficiais de Crédito (2-OC), o que seria suficiente para subsidiar 10 milhões de sacas, mantido o preço de referência de R$ 300 a saca e prêmio de 30 reais, como no ano passado. Naquela ocasião, o governo concedeu subvenção no valor total de cerca de R$ 200 milhões aos cafeicultores e cooperativas. Bertone ressalta que os recursos das 2-OC não são exclusividade do café. "Dependendo da necessidade, os recursos podem ser deslocados para outras culturas, como algodão, ou cana do Nordeste, por exemplo". "Pode ocorrer, ainda, de o volume de recursos para café ser até maior, mas tudo vai depender das regras do Pepro e da demanda do setor", acrescenta. Ele explica que o café tem recursos próprios do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), os quais não foram liberados para um programa de Pepro. Bertone salienta que o lançamento de Pepro para café está em fase inicial de discussão e a reunião de amanhã, no máximo, servirá para definir um grupo de trabalho para analisar as regras do programa. "Mais importante na pauta da reunião é a liberação de recursos para financiamento da colheita da safra, que já está em andamento", observa. O secretário comentou, ainda, que técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverão apresentar um estudo sobre os custos de produção da atividade cafeeira, com preços atualizados dos insumos, principalmente fertilizantes. Isso também contribuirá para constatar a real necessidade de recursos pelo setor, inclusive para os leilões de Pepro. Bertone comentou que o crescimento da demanda por alimentos no mundo, principalmente na Ásia, não tem provocado impacto significativo no mercado de café, por causa da falta de hábito de tomar a bebida nesse países. Mesmo assim, ele informa que a cafeicultura deve desenvolver estratégias de médio e longo prazos. Segundo Bertone, outros fatores tem impactado negativamente o café, como é o caso do fortalecimento do real em relação ao dólar. Além disso, há o aumento dos custos de produção por causa da alta do petróleo. Países produtores de café, como Colômbia e Índia, também têm enfrentando problema de valorização da moeda em relação ao dólar. "Mas outros países produtores têm obtido vantagem competitiva por causa do câmbio. As informações são da Agência Estado.
Mellão Martini

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Colega!
Tem sido de grande valia as matérias apresentadas por você, neste blog,para de uma forma geral manter-nós em contado direto com as novidades na aréa agronomica. Também achei muito interessante a materia sobre a lagarta da Couve-flôr.
Gostaria de sugerir que você também falasse sobre a cultura da Cana de Açucar e sobre o desempenhos das Mulheres dentro da agronomia. Muito Obrigada. Audry Caroline de Souza.

Engº Agroº Ansselmo disse...

nosss ta ficando da hora lucas parabens pela iniciativa so faltouu vc falar da cana de acucar e solos??? ta ficando otimo so falta solos huahuahau ,arileneeehahauuaa