quarta-feira, 21 de maio de 2008
La Niña
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Mecanismo de Ação dos Herbicidas (Parte 1)
A atividade biológica de um herbicida na planta ocorre de acordo com a absorção, a
translocação, o metabolismo e a sensibilidade da planta a este herbicida e, ou, a seus metabólitos. Por
isso, o simples fato de um herbicida atingir as folhas e, ou, ser aplicado no solo não é suficiente para
que ele exerça a sua ação. Há necessidade de que ele penetre na planta, transloque e atinja a organela
onde irá atuar. Um mesmo herbicida pode influenciar vários processos metabólicos na planta,
entretanto a primeira lesão biofísica ou bioquímica que ele causa na planta é caracterizada como o seu
mecanismo de ação. A seqüência de todas as reações até a ação final do produto na planta caracteriza o
seu modo de ação.
É imprescindível o conhecimento do mecanismo de ação de cada herbicida para se trabalhar
com segurança o rodízio e a mistura de herbicidas, quando necesssários, para prevenir o aparecimento
de plantas resistentes a herbicidas.
A lista completa, atualizada em 2005, de todos os mecanismos de ação, grupos químicos e
respectivos herbicidas pode ser encontrada no site: www.plantprotection.org/hrac.
Herbicidas Auxínicos ou Mimetizadores de Auxina (2,4-D, picloram, triclopyr, fluroxipyr,
quinclorac etc.).
Os herbicidas auxínicos, em plantas dicotiledôneas sensíveis, induzem mudanças metabólicas
e bioquímicas, podendo levá-las à morte. O metabolismo de ácidos nucléicos e os aspectos
metabólicos da plasticidade da parede celular são seriamente afetados. Esses produtos interferem na
ação da enzima RNA-polimerase e, conseqüentemente, na síntese de ácidos nucléicos e proteínas.
Induzem intensa proliferação celular em tecidos, causando epinastia de folhas e caule, além de
interrupção do floema, impedindo o movimento dos fotoassimilados das folhas para o sistema
radicular. O alongamento celular parece estar relacionado com a diminuição do potencial osmótico das
células, provocado pelo acúmulo de proteínas e, também, mais especificamente, pelo efeito desses
produtos sobre o afrouxamento das paredes celulares. Essa perda da rigidez das paredes celulares é
provocada pelo incremento na síntese da enzima celulase. Após aplicações desses herbicidas, em
plantas sensíveis, verificam-se rapidamente aumentos significativos da enzima celulase, especialmente
da carboximetilcelulase (CMC), notadamente nas raízes. Devido a esses efeitos ocorre epinastia das
folhas, retorcimento do caule, engrossamento das gemas terminais, destruição do sistema radicular e
morte da planta, em poucos dias ou semanas.
A seletividade pode ser dependente de diversos fatores, como: arranjo do tecido vascular em
feixes dispersos, sendo estes protegidos pelo esclerênquima em gramíneas; metabolismo do 2,4-D e
seus derivados - a aril hidroxilação resulta na perda da capacidade auxínica, além de facilitar a sua
conjugação com aminoácidos e outros constituintes em plantas tolerantes; algumas espécies de
plantas podem ainda excretar esses herbicidas para o solo através de seu sistema radicular (exsudação
radicular); e o estádio de desenvolvimento da planta, no momento da aplicação do herbicida, pode
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Produção de Cana-de-açucar (Parte 2)
Dos organismos que a atacam, três merecem destaque pelos danos que causam: os nematóides, os cupins e o besouro Migdolus. Veja mais detalhes em Pragas da Cana-de-Açúcar.
Colheita
Maturadores Químicos
Dentre os produtos comerciais utilizados como maturadores, podemos citar: Ethepon, Polaris, Paraquat, Diquat, Glifosato e Moddus. Estudos sobre a época de aplicação e dosagens vêm sendo conduzidos com o objetivo de aperfeiçoar a metodologia de manejo desses produtos, que podem representar acréscimos superiores a 10% no teor de sacarose.
Determinação do Estágio de Maturação
O refratômetro fornece diretamente a porcentagem de sólidos solúveis do caldo (Brix). O Brix esta estreitamente correlacionado ao teor de sacarose da cana.
A maturação ocorre da base para o ápice do colmo. A cana imatura apresenta valores bastante distintos nesses seguimentos, os quais vão se aproximando no processo de maturação. Assim, o critério mais racional de estimar a maturação pelo refratômetro de campo é pelo índice de maturação (IM), que fornece o quociente da relação.
IM=Brix da ponta do colmo
Brix da base do colmo
As determinações tecnológicas em laboratório (brix, pol, açúcares redutores e pureza) fornecem dados mais precisos da maturação, sendo, a rigor, uma confirmação do refratômetro de campo.
Operação de Corte (manual e/ou mecanizada)
Após o corte, a cana-de-açúcar deve ser transportada o mais rápido possível ao setor industrial, por meio de caminhão ou carreta tracionada por trator.
Rendimento Agrícola
Produção de Mudas
Para a produção de mudas, há necessidade de que o material básico seja de boa procedência, com idade de 10 a 12 meses, sadio, proveniente de cana-planta ou primeira soca e que tenha sido submetido ao tratamento térmico.
A tecnologia empregada na produção de mudas é praticamente a mesma dispensada à lavoura comercial, apenas com a introdução de algumas técnicas fitossanitárias, tais como:
- Desinfecção do podão - o podão utilizado na colheita de mudas e no seu corte em toletes, quando contaminado, é um violento propagador da escaldadura e do raquitismo. Antes e durantes estas operações deve-se desinfetar o podão, através de álcool, formol, lisol, cresol ou fogo. Uma desinfecção prática, eficiente e econômica é feita pela imersão do instrumento numa solução com creolina a 10% (18 litros de água + 2 litros de creolina) durante meia hora, antes do início da colheita das mudas e do corte das mesmas em toletes.
Durante essas duas operações, deve-se mergulhar, freqüente e rapidamente, o podão na solução.
- Vigilância sanitária e "roguing" - formando o viveiro, torna-se imprescindível a realização de inspeções sanitárias freqüentes, no mínimo uma vez por mês. A finalidade dessas inspeções é a erradicação de toda touceira que exiba sintoma patológico ou características diferentes da variedade em cultivo.
Além dessas duas medidas fitossanitárias, algumas recomendações agronômicas devem ser levadas em consideração, como a despalha manual das mudas, menor densidade das mudas dentro do sulco e maior parcelamento do fertilizante nitrogenado.
- Rotação de culturas - durante a reforma do canavial, no período em que o terreno permanece ocioso, deve-se efetuar o plantio de culturas de ciclo curto, em rotação com a cana-de-açúcar. Amendoim e soja são as mais indicadas.
Além dos conhecidos benefícios agronômicos proporcionados pela rotação de culturas, a cana-de-açúcar permite a consorciação com outra cultura, aproveitando o terreno numa época em que estaria ocioso, proporcionando melhor aproveitamento de máquinas e implementos. A implantação da cultura é feita sem gasto financeiro correspondente ao preparo do solo, havendo menor exposição do terreno à erosão e às ervas daninhas e diminuição da sazonalidade de empregos.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Novidades no setor de cana de açucar
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Produção de cana-de-açucar (Parte 1)
Os trabalhos de melhoramento persistem até os dias atuais e conferem a todas as variedades em cultivo uma mistura das cinco espécies originais e a existência de cultivares ou variedades híbridas.
A importância da cana de açúcar pode ser atribuída à sua múltipla utilização, podendo ser empregada in natura, sob a forma de forragem, para alimentação animal, ou como matéria prima para a fabricação de rapadura, melado, aguardente, açúcar e álcool.
Clima e Solo
A cana-de-açúcar é cultivada numa extensa área territorial, compreendida entre os paralelos 35º de latitude Norte e Sul do Equador, apresentando melhor comportamento nas regiões quentes. O clima ideal é aquele que apresenta duas estações distintas, uma quente e úmida, para proporcionar a germinação, perfilhamento e desenvolvimento vegetativo, seguido de outra fria e seca, para promover a maturação e conseqüente acumulo de sacarose nos colmos.
Solos profundos, pesados, bem estruturados, férteis e com boa capacidade de retenção são os ideais para a cana-de-açúcar que, devido à sua rusticidade, se desenvolve satisfatoriamente em solos arenosos e menos férteis, como os de cerrado. Solos rasos, isto é, com camada impermeável superficial ou mal drenados, não devem ser indicados para a cana-de-açúcar.
Para trabalhar com segurança em culturas semi-mecanizadas, que constituem a maioria das nossas explorações, a declividade máxima deverá estar em torno de 12% ; declividade acima desse limite apresentam restrições às práticas mecânicas.
Para culturas mecanizadas, com adoção de colheitadeiras automotrizes, o limite máximo de declividade cai para 8 a 10%.
Cultivares
Um dos pontos que merece especial atenção do agricultor é a escolha do cultivar para plantio. Isso não só pela sua importância econômica, como geradora de massa verde e riqueza em açúcar, mas também pelo seu processo dinâmico, pois anualmente surgem novas variedades, sempre com melhorias tecnológicas quando comparadas com aquelas que estão sendo cultivadas. Dentre as várias maneiras para classificação dos cultivares de cana, a mais prática é quanto à época da colheita.Quando apresentarem longo Período de Utilização Industrial (PUI), a indicação de alguns cultivares ocorrerá para mais de uma época.
Atualmente os cultivares mais indicados para São Paulo e Estados limítrofes são:
para início de safra: SP80-3250, SP80-1842, RB76-5418, RB83-5486, RB85-5453 e RB83-5054
para meio de safra: SP79-1011, SP80-1816, RB85-5113 e RB85-5536
para fim de safra: SP79-1011, SP79-2313, SP79-6192, RB72-454, RB78-5148, RB80-6043 e RB84-5257
Os cultivares SP79-2313, RB72-454, RB78-5148, RB80-6043 e RB83-5486 caracterizam-se pela baixa exigência em fertilidade de solo.
Preparo do Terreno
Tendo a cana-de-açúcar um sistema radicular profundo, um ciclo vegetativo econômico de quatro anos e meio ou mais e uma intensa mecanização que se processa durante esse longo tempo de permanência da cultura no terreno, o preparo do solo deve ser profundo e esmerado. Convém salientar que as unidades sucroalcooleiras não seguem uma linha uniforme de preparo do solo, tendo cada uma seu sistema próprio, variação essa que ocorre em função do tipo de solo predominante e da disponibilidade de máquinas e implementos.
No preparo do solo, temos de considerar duas situações distintas:
- a cana vai ser implantada pela primeira vez;
- o terreno já se encontra ocupado com cana.
No primeiro caso, faz-se uma aração profunda, com bastante antecedência do plantio, visando à destruição, incorporação e decomposição dos restos culturais existentes, seguida de gradagem, com o objetivo de completar a primeira operação. Em solos argilosos é normal a existência de uma camada impermeável, a qual pode ser detectada através de trincheiras abertas no perfil do solo, ou pelo penetrômetro.
Constatada a compactação do solo, seu rompimento se faz através de subsolagem, que só é aconselhada quando a camada adensada se localizar a uma profundidade entre 20 e 50 cm da superfície e com solo seco.
Nas vésperas do plantio, faz-se nova gradagem, visando ao acabamento do preparo do terreno e à eliminação de ervas daninhas.
Na segunda situação, onde a cultura da cana já se encontra instalada, o primeiro passo é a destruição da soqueira, que deve ser realizada logo após a colheita. Essa operação pode ser feita por meio de aração rasa (15-20 cm) nas linhas de cana, seguidas de gradagem ou através de gradagem pesada, enxada rotativa ou uso de herbicida.
Se confirmada a compactação do solo, a subsolagem torna-se necessária. Nas vésperas do plantio procede-se a uma aração profunda (25-30 cm), por meio de arado ou grade pesada. Seguem-se as gradagens necessárias, visando manter o terreno destorroado e apto ao plantio.
Devido à facilidade de transporte, à menor regulagem e ao maior rendimento operacional, há uma tendência das grades pesadas substituírem o arado.
Calagem
A necessidade de aplicação de calcário é determinada pela análise química do solo, devendo ser utilizado para elevar a saturação por bases a 60%. Se o teor de magnésio for baixo, dar preferência ao calcário dolomítico.
O calcário deve ser aplicado o mais uniforme possível sobre o solo. A época mais indicada para aplicação do calcário vai desde o último corte da cana, durante a reforma do canavial, até antes da última gradagem de preparo do terreno. Dentro desse período, quanto mais cedo executada maior será sua eficiência.
Adubação
Para a cana de açúcar há a necessidade de considerar duas situações distintas, adubação para cana-planta e para soqueiras, sendo que, em ambas, a quantificação será determinada pela análise do solo.
Para cana-planta, o fertilizante deverá ser aplicado no fundo do sulco de plantio, após a sua abertura, ou por meio de adubadeiras conjugadas aos sulcadores em operação dupla.
No quadro a seguir são indicadas as quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio a serem aplicadas com base na análise do solo e de acordo com a produtividade esperada.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Mulheres no mercado de trabalho da engenharia agronômica
enfrentam barreiras quase intransponíveis, principalmente em setores historicamente dominados pelos homens, como a política, as carreiras militares e até mesmo a engenharia, geologia, arquitetura e agronomia. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apenas 14% dos postos de trabalho em engenharia no País são exercidos por mulheres. Em Goiás existem cerca de 30.000 profissionais inscritos no CREA, pouco mais de 4.400 são mulheres. Na Celg trabalham hoje aproximadamente 220 engenheiros, sendo que as mulheres não chegam a 15%. Dos 117 engenheiros que trabalham na Saneago apenas 19 são mulheres.Nesta edição as profissionais da CELG,da Saneago e da CPRM falam de suas experências, do relacionamento com os colegas e as responsabilidades em casa. Na minha opnião a engenheira agrônoma tem tanta capacidade como qualquer outro engenheiro homem, pode-se dizer que elas são até melhores principalmente na área de fitopatologia e entomologia onde o poder de observação tem que ser aguçado e isso nós homens sabemos que elas são bem melhores que nós.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Sistema Intensivo na criação de Gado de leite
terça-feira, 6 de maio de 2008
Lagarta da couve-flor produz repelente natural de insetos.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
A importância da Poda no cafeeiro
A poda também está relacionada à característica da cafeicultura, que é o ciclo bianual. Gustavo Guerreiro, engenheiro agrônomo da Garcafé (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Garça) explica que em um ano os cafeeiros têm grande produtividade e no ano seguinte têm redução no volume de grãos colhidos. "O ramo que hoje produz muitos grãos, estará comprometido na safra seguinte. Por isso é recomendável que, de tempos em tempos, a planta seja podada".
Existem, atualmente, diversos tipos de podas. A recepa baixa consiste no corte do tronco de 30 a 40 centímetros. Esse tipo de poda é indicado nos casos em que o cafeeiro sofreu graves danos em toda sua extensão. Também pode ser feita a recepa alta, que se diferencia da anterior pela altura do corte, que varia entre 60 e 100 centímetros. A recepa não é indicada para lavouras velhas, pois o tempo que levará para voltar a produzir poderá ser superior ao tempo de produção de um novo plantio.
Outro tipo de poda é chamado decote, que pode ser o lenhoso e o herbáceo. A técnica consiste no corte horizontal do tronco e dos ramos, para que ocorra o brotamento. Com o decote, a planta libera hormônios de crescimento, que produzirão a renovação da parte superior da planta.
O esqueletamento é uma outra modalidade de poda. Trata-se do corte superior do caule e dos ramos laterais, que devem ficar a aproximadamente 20 centímetros da haste central. A poda de esqueletamento não pode ser realizada em todas as lavouras. Uma das restrições é em relação ao cultivo adensado. Em alguns casos, esse tipo de poda pode ocasionar a morte da raiz, o que potencializa a ação do nematóide.
sábado, 3 de maio de 2008
O direito de optar pelos trangênicos
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Exportação de Arroz
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Cotações de Café
Mellão Martini