quarta-feira, 21 de maio de 2008

La Niña


Boa parte da safrinha brasileira de milho deverá ser colhida no mês de junho. Este ano, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima uma produção de 18,3 milhões de toneladas, quase 24% maior que as 14,8 milhões da safrinha passada. Os estados do Paraná e do Mato Grosso continuam sendo os principais produtores. De acordo com o pesquisador da área de agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Williams Ferreira, "a possibilidade de redução de chuvas no próximo mês, aliada à possibilidade de ocorrência de temperaturas acima da média normal no Paraná e em São Paulo, poderá favorecer a colheita do milho safrinha". Ele lembra que as regiões onde houve boa distribuição de chuvas nos últimos meses poderão ter aumentada a produtividade.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mecanismo de Ação dos Herbicidas (Parte 1)


A atividade biológica de um herbicida na planta ocorre de acordo com a absorção, a

translocação, o metabolismo e a sensibilidade da planta a este herbicida e, ou, a seus metabólitos. Por

isso, o simples fato de um herbicida atingir as folhas e, ou, ser aplicado no solo não é suficiente para

que ele exerça a sua ação. Há necessidade de que ele penetre na planta, transloque e atinja a organela

onde irá atuar. Um mesmo herbicida pode influenciar vários processos metabólicos na planta,

entretanto a primeira lesão biofísica ou bioquímica que ele causa na planta é caracterizada como o seu

mecanismo de ação. A seqüência de todas as reações até a ação final do produto na planta caracteriza o

seu modo de ação.

É imprescindível o conhecimento do mecanismo de ação de cada herbicida para se trabalhar

com segurança o rodízio e a mistura de herbicidas, quando necesssários, para prevenir o aparecimento

de plantas resistentes a herbicidas.

A lista completa, atualizada em 2005, de todos os mecanismos de ação, grupos químicos e

respectivos herbicidas pode ser encontrada no site: www.plantprotection.org/hrac.

Herbicidas Auxínicos ou Mimetizadores de Auxina (2,4-D, picloram, triclopyr, fluroxipyr,

quinclorac etc.).

Os herbicidas auxínicos, em plantas dicotiledôneas sensíveis, induzem mudanças metabólicas

e bioquímicas, podendo levá-las à morte. O metabolismo de ácidos nucléicos e os aspectos

metabólicos da plasticidade da parede celular são seriamente afetados. Esses produtos interferem na

ação da enzima RNA-polimerase e, conseqüentemente, na síntese de ácidos nucléicos e proteínas.

Induzem intensa proliferação celular em tecidos, causando epinastia de folhas e caule, além de

interrupção do floema, impedindo o movimento dos fotoassimilados das folhas para o sistema

radicular. O alongamento celular parece estar relacionado com a diminuição do potencial osmótico das

células, provocado pelo acúmulo de proteínas e, também, mais especificamente, pelo efeito desses

produtos sobre o afrouxamento das paredes celulares. Essa perda da rigidez das paredes celulares é

provocada pelo incremento na síntese da enzima celulase. Após aplicações desses herbicidas, em

plantas sensíveis, verificam-se rapidamente aumentos significativos da enzima celulase, especialmente

da carboximetilcelulase (CMC), notadamente nas raízes. Devido a esses efeitos ocorre epinastia das

folhas, retorcimento do caule, engrossamento das gemas terminais, destruição do sistema radicular e

morte da planta, em poucos dias ou semanas.

A seletividade pode ser dependente de diversos fatores, como: arranjo do tecido vascular em

feixes dispersos, sendo estes protegidos pelo esclerênquima em gramíneas; metabolismo do 2,4-D e

seus derivados - a aril hidroxilação resulta na perda da capacidade auxínica, além de facilitar a sua

conjugação com aminoácidos e outros constituintes em plantas tolerantes; algumas espécies de

plantas podem ainda excretar esses herbicidas para o solo através de seu sistema radicular (exsudação

radicular); e o estádio de desenvolvimento da planta, no momento da aplicação do herbicida, pode

garantir a seletividade de algumas auxinas sintéticas para culturas como arroz, trigo e milho

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Produção de Cana-de-açucar (Parte 2)


Pragas e seu controle

A cana-de-açúcar é atacada por cerca de 80 pragas, porém pequeno número causa prejuízos à cultura. Dependendo da espécie da praga presente no local, bem como do nível populacional dessa espécie, as pragas de solo podem provocar importantes prejuízos à cana-de-açúcar, com reduções significativas nas produtividades agrícola e industrial dessa cultura.
Dos organismos que a atacam, três merecem destaque pelos danos que causam: os nematóides, os cupins e o besouro Migdolus. Veja mais detalhes em Pragas da Cana-de-Açúcar.

Colheita

A colheita inicia-se em maio e em algumas unidades sucroalcooleiras em abril, prolongando-se até novembro, período em que a planta atinge o ponto de maturação, devendo, sempre que possível, antecipar o fim da safra, por ser um período bastante chuvoso, que dificulta o transporte de matéria prima e faz cair o rendimento industrial.

Maturadores Químicos

São produtos químicos que tem a propriedade de paralisar o desenvolvimento da cana induzindo a translocação e o armazenamento dos açúcares. Vêm sendo utilizados como um instrumento auxiliar no planejamento da colheita e no manejo varietal. Muitos compostos apresentam, ainda, ação dessecante, favorecendo a queima e diminuindo, portanto, as impurezas vegetais. Há uma ação inibidora do florescimento, em alguns casos, viabilizando a utilização de variedades com este comportamento.
Dentre os produtos comerciais utilizados como maturadores, podemos citar: Ethepon, Polaris, Paraquat, Diquat, Glifosato e Moddus. Estudos sobre a época de aplicação e dosagens vêm sendo conduzidos com o objetivo de aperfeiçoar a metodologia de manejo desses produtos, que podem representar acréscimos superiores a 10% no teor de sacarose.

Determinação do Estágio de Maturação

O ponto de maturação pode ser determinado pelo refratômetro de campo e complementado pela análise de laboratório. Com a adoção do sistema de pagamento pelo teor de sacarose, há necessidade de o produtor conciliar alta produtividade agrícola com elevado teor de sacarose na época da colheita.
O refratômetro fornece diretamente a porcentagem de sólidos solúveis do caldo (Brix). O Brix esta estreitamente correlacionado ao teor de sacarose da cana.
A maturação ocorre da base para o ápice do colmo. A cana imatura apresenta valores bastante distintos nesses seguimentos, os quais vão se aproximando no processo de maturação. Assim, o critério mais racional de estimar a maturação pelo refratômetro de campo é pelo índice de maturação (IM), que fornece o quociente da relação.
IM=Brix da ponta do colmo
Brix da base do colmo

As determinações tecnológicas em laboratório (brix, pol, açúcares redutores e pureza) fornecem dados mais precisos da maturação, sendo, a rigor, uma confirmação do refratômetro de campo.

Operação de Corte (manual e/ou mecanizada)

O corte pode ser manual, com um rendimento médio de 5 a 6 toneladas/homem/dia, ou mecanicamente, através de colheitadeiras. Existem basicamente dois tipos: colheitadeira para cana inteira, com rendimento operacional médio em condições normais de 20 t/hora, e colheitadeiras para cana picada (automotrizes), com rendimento de 15 a 20 t/hora.
Após o corte, a cana-de-açúcar deve ser transportada o mais rápido possível ao setor industrial, por meio de caminhão ou carreta tracionada por trator.

Rendimento Agrícola

Em relação à produtividade e região de plantio, observamos que a produtividade está estritamente relacionada com o ambiente de produção, e este é dado por padrão do solo, clima e nível tecnológico aplicado.

Produção de Mudas

Após, em média, quatro ou cinco cortes consecutivos, a lavoura canavieira precisa ser renovada. A taxa de renovação está ao redor de 15 a 20% da área total cultivada, exigindo grandes quantidades de mudas. A boa qualidade das mudas é o fator de produção de mais baixo custo e que maior retorno econômico proporciona ao agricultor, principalmente quando produzida por ele próprio.
Para a produção de mudas, há necessidade de que o material básico seja de boa procedência, com idade de 10 a 12 meses, sadio, proveniente de cana-planta ou primeira soca e que tenha sido submetido ao tratamento térmico.
A tecnologia empregada na produção de mudas é praticamente a mesma dispensada à lavoura comercial, apenas com a introdução de algumas técnicas fitossanitárias, tais como:
- Desinfecção do podão - o podão utilizado na colheita de mudas e no seu corte em toletes, quando contaminado, é um violento propagador da escaldadura e do raquitismo. Antes e durantes estas operações deve-se desinfetar o podão, através de álcool, formol, lisol, cresol ou fogo. Uma desinfecção prática, eficiente e econômica é feita pela imersão do instrumento numa solução com creolina a 10% (18 litros de água + 2 litros de creolina) durante meia hora, antes do início da colheita das mudas e do corte das mesmas em toletes.
Durante essas duas operações, deve-se mergulhar, freqüente e rapidamente, o podão na solução.
- Vigilância sanitária e "roguing" - formando o viveiro, torna-se imprescindível a realização de inspeções sanitárias freqüentes, no mínimo uma vez por mês. A finalidade dessas inspeções é a erradicação de toda touceira que exiba sintoma patológico ou características diferentes da variedade em cultivo.
Além dessas duas medidas fitossanitárias, algumas recomendações agronômicas devem ser levadas em consideração, como a despalha manual das mudas, menor densidade das mudas dentro do sulco e maior parcelamento do fertilizante nitrogenado.
- Rotação de culturas - durante a reforma do canavial, no período em que o terreno permanece ocioso, deve-se efetuar o plantio de culturas de ciclo curto, em rotação com a cana-de-açúcar. Amendoim e soja são as mais indicadas.
Além dos conhecidos benefícios agronômicos proporcionados pela rotação de culturas, a cana-de-açúcar permite a consorciação com outra cultura, aproveitando o terreno numa época em que estaria ocioso, proporcionando melhor aproveitamento de máquinas e implementos. A implantação da cultura é feita sem gasto financeiro correspondente ao preparo do solo, havendo menor exposição do terreno à erosão e às ervas daninhas e diminuição da sazonalidade de empregos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Novidades no setor de cana de açucar


Depois de vinte e cinco anos de pesquisas, cientistas da Embrapa Agrobiologia, sediada em Seropédica/RJ, desenvolveram um inoculante a base de bactérias fixadoras de nitrogênio, que aplicado na cana-de-açúcar promove o crescimento da planta sem o uso de fertilizante nitrogenado. O produto pode significar além de uma redução de custos, um ganho ambiental, já que deixam de ser aplicados pelo menos 30 quilos de nitrogênio por hectare ano na cana-planta. Segundo os pesquisadores que trabalham no desenvolvimento do inoculante, o produto deve estar disponível no mercado dentro de dois anos. De acordo com a pesquisadora Veronica Massena Reis, a utilização desta tecnologia tem como principal impacto a substituição de nitrogênio na cana de primeiro ano. Ao renovar anualmente 20% da área total de cana plantada no País, seriam adubados 1,2 milhão de hectares (da área total de cana de 6 milhões de hectares). Se a dose aplicada for 30 quilos de nitrogênio por hectare (dose mínima), tem-se uma economia de 50 mil toneladas de fertilizante nitrogenado por ano, sem decréscimo de produtividade.

Fonte: Embrapa

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Produção de cana-de-açucar (Parte 1)


Originária do sudeste da Ásia, onde é cultivada desde épocas remotas, a exploração canavieira assentou-se, no início, sobre a espécie S. officinarum. O surgimento de várias doenças e de uma tecnologia mais avançada exigiram a criação de novas variedades, as quais foram obtidas pelo cruzamento da S. officinarum com as outras quatro espécies do gênero Saccharum e, posteriormente, através de recruzamentos com as ascendentes.
Os trabalhos de melhoramento persistem até os dias atuais e conferem a todas as variedades em cultivo uma mistura das cinco espécies originais e a existência de cultivares ou variedades híbridas.
A importância da cana de açúcar pode ser atribuída à sua múltipla utilização, podendo ser empregada in natura, sob a forma de forragem, para alimentação animal, ou como matéria prima para a fabricação de rapadura, melado, aguardente, açúcar e álcool.

Clima e Solo
A cana-de-açúcar é cultivada numa extensa área territorial, compreendida entre os paralelos 35º de latitude Norte e Sul do Equador, apresentando melhor comportamento nas regiões quentes. O clima ideal é aquele que apresenta duas estações distintas, uma quente e úmida, para proporcionar a germinação, perfilhamento e desenvolvimento vegetativo, seguido de outra fria e seca, para promover a maturação e conseqüente acumulo de sacarose nos colmos.
Solos profundos, pesados, bem estruturados, férteis e com boa capacidade de retenção são os ideais para a cana-de-açúcar que, devido à sua rusticidade, se desenvolve satisfatoriamente em solos arenosos e menos férteis, como os de cerrado. Solos rasos, isto é, com camada impermeável superficial ou mal drenados, não devem ser indicados para a cana-de-açúcar.
Para trabalhar com segurança em culturas semi-mecanizadas, que constituem a maioria das nossas explorações, a declividade máxima deverá estar em torno de 12% ; declividade acima desse limite apresentam restrições às práticas mecânicas.
Para culturas mecanizadas, com adoção de colheitadeiras automotrizes, o limite máximo de declividade cai para 8 a 10%.

Cultivares
Um dos pontos que merece especial atenção do agricultor é a escolha do cultivar para plantio. Isso não só pela sua importância econômica, como geradora de massa verde e riqueza em açúcar, mas também pelo seu processo dinâmico, pois anualmente surgem novas variedades, sempre com melhorias tecnológicas quando comparadas com aquelas que estão sendo cultivadas. Dentre as várias maneiras para classificação dos cultivares de cana, a mais prática é quanto à época da colheita.Quando apresentarem longo Período de Utilização Industrial (PUI), a indicação de alguns cultivares ocorrerá para mais de uma época.
Atualmente os cultivares mais indicados para São Paulo e Estados limítrofes são:
para início de safra: SP80-3250, SP80-1842, RB76-5418, RB83-5486, RB85-5453 e RB83-5054
para meio de safra: SP79-1011, SP80-1816, RB85-5113 e RB85-5536
para fim de safra: SP79-1011, SP79-2313, SP79-6192, RB72-454, RB78-5148, RB80-6043 e RB84-5257
Os cultivares SP79-2313, RB72-454, RB78-5148, RB80-6043 e RB83-5486 caracterizam-se pela baixa exigência em fertilidade de solo.

Preparo do Terreno
Tendo a cana-de-açúcar um sistema radicular profundo, um ciclo vegetativo econômico de quatro anos e meio ou mais e uma intensa mecanização que se processa durante esse longo tempo de permanência da cultura no terreno, o preparo do solo deve ser profundo e esmerado. Convém salientar que as unidades sucroalcooleiras não seguem uma linha uniforme de preparo do solo, tendo cada uma seu sistema próprio, variação essa que ocorre em função do tipo de solo predominante e da disponibilidade de máquinas e implementos.
No preparo do solo, temos de considerar duas situações distintas:
- a cana vai ser implantada pela primeira vez;
- o terreno já se encontra ocupado com cana.
No primeiro caso, faz-se uma aração profunda, com bastante antecedência do plantio, visando à destruição, incorporação e decomposição dos restos culturais existentes, seguida de gradagem, com o objetivo de completar a primeira operação. Em solos argilosos é normal a existência de uma camada impermeável, a qual pode ser detectada através de trincheiras abertas no perfil do solo, ou pelo penetrômetro.
Constatada a compactação do solo, seu rompimento se faz através de subsolagem, que só é aconselhada quando a camada adensada se localizar a uma profundidade entre 20 e 50 cm da superfície e com solo seco.
Nas vésperas do plantio, faz-se nova gradagem, visando ao acabamento do preparo do terreno e à eliminação de ervas daninhas.
Na segunda situação, onde a cultura da cana já se encontra instalada, o primeiro passo é a destruição da soqueira, que deve ser realizada logo após a colheita. Essa operação pode ser feita por meio de aração rasa (15-20 cm) nas linhas de cana, seguidas de gradagem ou através de gradagem pesada, enxada rotativa ou uso de herbicida.
Se confirmada a compactação do solo, a subsolagem torna-se necessária. Nas vésperas do plantio procede-se a uma aração profunda (25-30 cm), por meio de arado ou grade pesada. Seguem-se as gradagens necessárias, visando manter o terreno destorroado e apto ao plantio.
Devido à facilidade de transporte, à menor regulagem e ao maior rendimento operacional, há uma tendência das grades pesadas substituírem o arado.

Calagem
A necessidade de aplicação de calcário é determinada pela análise química do solo, devendo ser utilizado para elevar a saturação por bases a 60%. Se o teor de magnésio for baixo, dar preferência ao calcário dolomítico.
O calcário deve ser aplicado o mais uniforme possível sobre o solo. A época mais indicada para aplicação do calcário vai desde o último corte da cana, durante a reforma do canavial, até antes da última gradagem de preparo do terreno. Dentro desse período, quanto mais cedo executada maior será sua eficiência.

Adubação
Para a cana de açúcar há a necessidade de considerar duas situações distintas, adubação para cana-planta e para soqueiras, sendo que, em ambas, a quantificação será determinada pela análise do solo.
Para cana-planta, o fertilizante deverá ser aplicado no fundo do sulco de plantio, após a sua abertura, ou por meio de adubadeiras conjugadas aos sulcadores em operação dupla.
No quadro a seguir são indicadas as quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio a serem aplicadas com base na análise do solo e de acordo com a produtividade esperada.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Mulheres no mercado de trabalho da engenharia agronômica




A presença da mulher brasileira no mercado de trabalho é crescente nas últimas cinco décadas e a cada ano ela busca liberdade e conquista espaços, antes tidos como reduto dos homens. Apesar dos avanços as mulheres ainda
enfrentam barreiras quase intransponíveis, principalmente em setores historicamente dominados pelos homens, como a política, as carreiras militares e até mesmo a engenharia, geologia, arquitetura e agronomia. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apenas 14% dos postos de trabalho em engenharia no País são exercidos por mulheres. Em Goiás existem cerca de 30.000 profissionais inscritos no CREA, pouco mais de 4.400 são mulheres. Na Celg trabalham hoje aproximadamente 220 engenheiros, sendo que as mulheres não chegam a 15%. Dos 117 engenheiros que trabalham na Saneago apenas 19 são mulheres.Nesta edição as profissionais da CELG,da Saneago e da CPRM falam de suas experências, do relacionamento com os colegas e as responsabilidades em casa. Na minha opnião a engenheira agrônoma tem tanta capacidade como qualquer outro engenheiro homem, pode-se dizer que elas são até melhores principalmente na área de fitopatologia e entomologia onde o poder de observação tem que ser aguçado e isso nós homens sabemos que elas são bem melhores que nós.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Sistema Intensivo na criação de Gado de leite


Os rendimentos do pecuarista de leite vem da venda de leite, de seus derivados e também das crias. Por isso, ao escolher um sistema de produção, o pecuarista deve levar em consideração todas as opções possíveis. Nos países de pecuária bem desenvolvida, é comem encontrar sistemas extensivos e intensivos que oferecem boa rentabilidade ao prdutor. Portanto, este deve analisar bem antes de escolher o modelo de produção. Os sistemas de criação para gado de leite mais utilizados são três: Extensivo, semi-intensivo e intensivo.A opção por um modelo ou outro depende de minuciosa análise de mercado, para avaliar a demanda, em quantidade e qualidade, do leite a ser produzido. A escolha de melhor sistema de criação dependará também das condições econômicas do criador, do local e dos meios de produção disponíveis. Por exemplo, em regiões planas, com boas pastagens e chuvas bem distribuídas ao longo do ano, o sistema de produção extensivo pode ser mais vantajoso, desde que o valor da terra não seja muito alto.

O sistema intensivo de criação é o mais recomendado para gado de alto padrão racial. Consiste em criar os animais de elevada produção ( acima de 20 litros por dia) permanentemente confinados no próprio estábulo de ordenha ou em galpões, dependendo da modalidade de estabulação a ser adotada, com manejo extremamente controlado. As benfeitorias são quase as mesmas do sistema semi-intensivo:- Estábulo de ordenha;- Galpões de estabulação livre;- Curral de espera;- Curral de manobra;- Curral de alimentação com bebedouros;- Cochos para forragens e para minerais (saleiro);- Bebedouros;- Reservatórios;- Silos ou fenis para forragem;- Esterqueiras;- Mata-burros.

A grande vantagem do sistema intensivo de criação consiste na eficiência do manejo e no consequente aumento da produtividade, pois o alimento pode ser produzido em áreas menores, armazenado e fornecido durante todo o ano. Os animais são separados em instalações próprias, em lotes, de acordo com a idade e a fase de produção. Assim, bezerras, novilhas, vacas secas e vacas em produção ficam separadas. Esse sistema facilita a produção de leite no caso de grandes rebanhos, permitindo produção estável, sem oscilações de safra e entressafra.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Lagarta da couve-flor produz repelente natural de insetos.


Cientistas nos Estados Unidos descobriram por que uma praga que ataca plantas como a couve e a couve-flor é tão disseminada pelo planeta: a lagarta dessa borboleta produz o seu próprio repelente de insetos.A lagarta da borboleta conhecida pelo nome científico Peris rapae é totalmente coberta de "pêlos", na ponta dos quais está sempre presente uma gotícula de uma substância oleosa.Os oito pesquisadores, da Universidade Estadual do Arizona e da Universidade Cornell, demonstraram que a substância repele predadores como formigas. E, ao analisar quimicamente esse fluido, viram-se às voltas com uma nova classe de compostos químicos, semelhantes aos que as plantas usam para se defender de insetos.Os compostos foram batizados de "mayolenos", uma homenagem a uma pesquisadora de Cornell, May Berenbaum, pioneira das pesquisas na área.As lagartas testadas são bem pequenas: têm em média 4,5 milímetros de comprimento. Para coletar a substância na ponta dos "pêlos", os cientistas precisaram usar uma finíssima micropipeta de vidro.Imagens feitas com a ajuda de um microscópio eletrônico mostraram que a ponta dos "pêlos" é bem esculpida, ficando com uma forma apta a prender a gotícula do repelente.Os experimentos consistiram em colocar uma lagarta em placas-de-Petri -recipientes redondos e rasos de vidro- e examinar o que acontecia quando ela interagia com uma formiga (da espécie Crematogaster lineolata). O contato entre as duas era filmado.Uma descoberta foi o tempo maior que a formiga passava se limpando -algo que os cientistas atribuem ao contato com a secreção da lagarta. Depois desse contato inicial, as formigas também evitavam chegar perto das lagartas. O estudo foi publicado na última edição da revista "PNAS" (http://www.pnas.org/), da Academia Nacional de Ciências dos EUA

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A importância da Poda no cafeeiro


Uma prática conservacionista da lavoura é a poda do cafeeiro. Um dos principais motivos para a poda é o excesso de tamanho e o comprometimento do espaço entre as plantas. A poda também é recomendada quando a planta sofreu queimadas em decorrência de geadas, quando está com deficiência ou desequilíbrio nutricional e quando o cafeeiro está com idade superior a 10 anos. No cultivo de café adensado também é recomendada a poda, para evitar o excesso de porte.
A poda também está relacionada à característica da cafeicultura, que é o ciclo bianual. Gustavo Guerreiro, engenheiro agrônomo da Garcafé (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Garça) explica que em um ano os cafeeiros têm grande produtividade e no ano seguinte têm redução no volume de grãos colhidos. "O ramo que hoje produz muitos grãos, estará comprometido na safra seguinte. Por isso é recomendável que, de tempos em tempos, a planta seja podada".
Existem, atualmente, diversos tipos de podas. A recepa baixa consiste no corte do tronco de 30 a 40 centímetros. Esse tipo de poda é indicado nos casos em que o cafeeiro sofreu graves danos em toda sua extensão. Também pode ser feita a recepa alta, que se diferencia da anterior pela altura do corte, que varia entre 60 e 100 centímetros. A recepa não é indicada para lavouras velhas, pois o tempo que levará para voltar a produzir poderá ser superior ao tempo de produção de um novo plantio.
Outro tipo de poda é chamado decote, que pode ser o lenhoso e o herbáceo. A técnica consiste no corte horizontal do tronco e dos ramos, para que ocorra o brotamento. Com o decote, a planta libera hormônios de crescimento, que produzirão a renovação da parte superior da planta.
O esqueletamento é uma outra modalidade de poda. Trata-se do corte superior do caule e dos ramos laterais, que devem ficar a aproximadamente 20 centímetros da haste central. A poda de esqueletamento não pode ser realizada em todas as lavouras. Uma das restrições é em relação ao cultivo adensado. Em alguns casos, esse tipo de poda pode ocasionar a morte da raiz, o que potencializa a ação do nematóide.

sábado, 3 de maio de 2008

O direito de optar pelos trangênicos


Esta é a hora de o Brasil abrir suas portas para o desenvolvimento da biotecnologia agricola. A segurança dos transgênicos é atestada, há mais de uma década, e renomadas instituições, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Academia de Ciências do Vaticano apoiam o desenvolvimento da biotecnologia. As vantagens ambientais, sociais e econômicas dessa ferramenta também são reformadas anualmente por estudos europeus, norte-americanos e brasileiros. Falta apenas que alguns setores enxerguem as perdas que a não-adoção da engenharia genética imputam a sociedade brasileira e que se apresse a liberação comercial de novas variedades transgênicas.Alguns ótimos exemplos dos benefícios da adoção da biotecnologia agrícola são a redução no uso de agrodefensivos; o menor consumo de agua, utilizada no preparo desses produtos; e a economia de diesel, que abastece os tratores para a pulverização dos mesmos. De acordo com uma recente pesquisa feita pela consultoria Céleres a pedido da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), apenas as variedades geneticamente modificadas (GM) de soja e algodão já comercializadas no Brasil gerardo, nos próximos 10 anos, uma redução de 77,1 mil toneladas no consumo de ingredientes ativos de defensivos agrícolas. Com o menor número de pulverizações, a economia de diesel nesse periodo deverá atingir 382,3 milhões de litros, o suficiente para abastecer cerca de 160 mil caminhonetes durante 10 anos. Já a economia de agua atingirá 56,2 bilhões de litros, ou o equivalente ao consumo de uma cidade de 130 mil habitantes durante uma década. Por fim, a diminuição na emissão de CO2 na atmosfera resultante do uso dessas tecnologias se igualaria ao plantio de 8,3 milões de árvores.Até o ano passado, essas duas variedades é uma de soja e outra de algodão e eram as únicas autorizadas no país. Agora que poderemos plantar também dois tipos de milho GM, conforme decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e ratificação do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), a biodiversidade e a agricultura do país terão benefícios ainda maiores. Uma terceira variedade de milho transgênico, já avaliada pela CTNBio, também deverá chegar em breve ao mercado.Além disso, o Brasil é considerado um celeiro de profissionais que desenvolvem importantes pesquisas. O Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, desenvolveu a laranja e o limão resistentes a doenças de impacto econômico na cultura dos citros. Já o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e as empresas CanaViallis e Alellyx despontam no melhoramento genético da cana-de-açucar, por meio de variedades com até 60% a mais de sacarose.No mais, na ultima safra, 23 países cultivaram largamente transgênicos, somando 114 milhões de hectares plantados no mundo. Considerando as nações que importam alimentos GM, pode-se afirmar que os transgênicos são consumidos hoje em mais de 50 países, sem registro de impactos negativos para o meio ambiente, para a saúde humana ou animal. Esses números foram apontados agora em fevereiro pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).Felizmente, como demonstrado na recente decisão do CNBS de liberar o milho GM, o Brasil parece estar no caminho certo para recuperar o tempo perdido e adotar variedades extensamente cultivadas no mundo todo. Quem defende esses produtos defende a liberdade de escolha, e não a utilização exclusiva de uma única tecnologia. Trata-se de uma atitude democrática que alguns insistem em não aceitar. Já está mais do que na hora de abrirmos definitivamente o nosso mercado para essa realidade, cada vez mais consolidada nos cinco continentes.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Exportação de Arroz


O governo decidiu fazer leilões de arroz dos estoques do governo para tentar conter a alta dos preços no atacado e no varejo e para evitar movimentos especulativos até a entrada da nova safra. No primeiro leilão, marcado para segunda-feira, serão ofertadas 55 mil toneladas, ao preço de abertura de R$ 28 por saco de 50 Kg, inferior à média atual praticada no mercado interno, de R$ 34,50. O produto a ser leiloado é da safra 2004/2005. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, confirmou que o governo decidiu suspender as exportações de cerca de 500 mil toneladas de arroz dos estoques públicos, mas ressaltou, diante da uma reação negativa (e correta) dos produtores de que as vendas da iniciativa privada continuam liberadas. O ministro, porém, não descartou a possibilidade de adotar medidas para restringir as vendas externas do cereal em "casos extremos" .

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cotações de Café


As operações no mercado cafeeiro iniciaram a semana em campo positivo, compras especulativas e coberturas de posições impulsionaram as cotações, levando a posição julho a fechar com +3,20 pontos. No interno alguns negócios isolados foram concluídos. Indícios de que o Brasil não está totalmente imune à crise externa voltaram a surgir hoje e deram os argumentos para que o dólar subisse ante o real. O dólar terminou o dia em alta de 1,26%, cotado a R$ 1,6880. A conta corrente do balanço de pagamentos brasileiro de março, divulgada hoje, mostrou déficit de US$ 4,429 bilhões, o resultado mais alto para o mês na série histórica do Banco Central, iniciada em 1947. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a "deterioração" na conta corrente reflete a combinação de remessas de lucros bem maiores e uma balança comercial com resultados considerados menos expressivos. Em março, as remessas de lucros e dividendos atingiram o maior nível da série para qualquer mês, somando US$ 4,345 bilhões. Altamir antecipou que esse movimento continuou em abril, com o envio de US$ 3,3 bilhões no mês até o dia de hoje. A remessa maior foi atribuída à crise externa, com os setores financeiro, de veículos e de metalurgia, com rentabilidade expressiva no País, remetendo seus recursos para as matrizes no exterior, que estão enfrentando dificuldades em relação à crise nos EUA. É um sinal de que o País pode estar melhor preparado, mas a tese de isolamento em um mundo globalizado não tem respaldo nos números de hoje. Representantes do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), órgão que reúne governo e iniciativa privada do setor, devem definir amanhã, em Brasília, a formação de grupo de trabalho para discutir as regras de um programa de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) de café da safra 2008/09, cuja colheita já está em andamento em algumas regiões produtoras. A informação é do secretário de Produção e Agronergia, Manoel Bertone, do Ministério da Agricultura. Estima-se que o Ministério da Agricultura tenha à disposição em seu orçamento cerca de R$ 300 milhões para Operações Oficiais de Crédito (2-OC), o que seria suficiente para subsidiar 10 milhões de sacas, mantido o preço de referência de R$ 300 a saca e prêmio de 30 reais, como no ano passado. Naquela ocasião, o governo concedeu subvenção no valor total de cerca de R$ 200 milhões aos cafeicultores e cooperativas. Bertone ressalta que os recursos das 2-OC não são exclusividade do café. "Dependendo da necessidade, os recursos podem ser deslocados para outras culturas, como algodão, ou cana do Nordeste, por exemplo". "Pode ocorrer, ainda, de o volume de recursos para café ser até maior, mas tudo vai depender das regras do Pepro e da demanda do setor", acrescenta. Ele explica que o café tem recursos próprios do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), os quais não foram liberados para um programa de Pepro. Bertone salienta que o lançamento de Pepro para café está em fase inicial de discussão e a reunião de amanhã, no máximo, servirá para definir um grupo de trabalho para analisar as regras do programa. "Mais importante na pauta da reunião é a liberação de recursos para financiamento da colheita da safra, que já está em andamento", observa. O secretário comentou, ainda, que técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverão apresentar um estudo sobre os custos de produção da atividade cafeeira, com preços atualizados dos insumos, principalmente fertilizantes. Isso também contribuirá para constatar a real necessidade de recursos pelo setor, inclusive para os leilões de Pepro. Bertone comentou que o crescimento da demanda por alimentos no mundo, principalmente na Ásia, não tem provocado impacto significativo no mercado de café, por causa da falta de hábito de tomar a bebida nesse países. Mesmo assim, ele informa que a cafeicultura deve desenvolver estratégias de médio e longo prazos. Segundo Bertone, outros fatores tem impactado negativamente o café, como é o caso do fortalecimento do real em relação ao dólar. Além disso, há o aumento dos custos de produção por causa da alta do petróleo. Países produtores de café, como Colômbia e Índia, também têm enfrentando problema de valorização da moeda em relação ao dólar. "Mas outros países produtores têm obtido vantagem competitiva por causa do câmbio. As informações são da Agência Estado.
Mellão Martini